Volume projetado pela entidade representa 25% do total de licenciamentos esperado para 2022
As montadoras devem vender às locadoras de veículos que operam no país 550 mil veículos em 2023, aponta projeção da Anfavea, a associação que representa as fabricantes com produção local. Caso o número se torne uma realidade, as vendas às locadoras representarão cerca de 25% dos licenciamentos projetados para o ano pelo setor.
Para se chegar ao volume, um dos fatores considerados pelas fabricantes foi a necessidade de renovação da frota circulante das locadoras, e faz sentido: ao longo dos últimos três anos pandêmicos havia menos veículos disponíveis para compra, e isso levou as locadoras a ficar por mais tempo com a frota que tinham, o que provocou o seu envelhecimento.
E uma frota mais velha provoca certos efeitos indesejáveis no modelo de negócio das locadoras. Primeiro porque prejudica a desmobilização, ou seja, a venda do seminovo. E demorar para vender o ativo significa, na prática, maior custo de manutenção, armazenamento e, principalmente, maior depreciação dos veículos.
A venda dos ativos, inclusive, tem sido a principal fonte de receita das locadoras. Até o terceiro trimestre de 2022, as receitas das maiores empresas do país no segmento — Localiza, Unidas e Movida — somaram R$ 10,9 bilhões. O valor ilustra, portanto, a importância das vendas de seminovos no segmento.
“Temos uma crença total nas vendas corporativas para justificar a projeção do crescimento das vendas totais neste ano”, disse, na primeira semana de janeiro, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. “Ainda há pedidos em carteira feito pelas locadoras”, completou na oportunidade. A Anfavea projetou para o ano 2,1 milhões de veículos licenciados (+3%).
Fonte: Automotive Business