Desde 2014, quando os primeiros aplicativos de transporte chegaram ao Brasil, boa parte dos motoristas passou a recorrer ao aluguel de carros para trabalhar, seja pela economia ou pela praticidade. Segundo a ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), em janeiro de 2020, aproximadamente 200 mil motoristas já utilizavam veículos alugados.
O resultado foi um impacto direto nesse mercado que, além de se valorizar, passou a oferecer condições exclusivas e criar novos produtos voltados para esse público. “O aluguel segue como a mais eficaz e eficiente opção para que os motoristas de aplicativos não percam tempo e dinheiro em diversas situações, tais como licenciamento, emplacamento, IPVA, busca e aquisição de peças de reposição e com pagamentos de mecânicos”, explica Paulo Miguel Junior, conselheiro gestor da ABLA.
É que, quando os motoristas usam carros alugados, essas e outras despesas já ficam com a locadora. Mas, vale lembrar, nem tudo foram flores no mercado durante esses últimos anos. Entre abril e junho de 2020, logo no início da pandemia, 80%, ou seja, 160 mil dos aproximadamente 200 mil carros que estavam alugados para motoristas de aplicativos, foram devolvidos.
A recuperação não demorou e, em setembro do mesmo ano, os números já estavam no mesmo patamar do pré-pandemia. Porém, nos anos seguintes, com as altas dos preços dos combustíveis, o mercado enfrentou novos picos de devolução de veículos. Entre junho e dezembro de 2021, houve aproximadamente 15% de devoluções, cerca de 30 mil veículos.
Os números se mantiveram estáveis no primeiro semestre de 2022 e, com a queda dos preços dos combustíveis no segundo semestre, a expectativa do setor é que o ano passado tenha fechado com aproximadamente 230 mil veículos alugados para motoristas de aplicativo no Brasil.
Fonte: ABLA