Super-calotas: como montadoras abandonam rodas de liga leve e você não vê

Rodas de liga leve estão entre os itens mais queridos do brasileiro, principalmente por oferecer uma variedade maior de desenhos e estilos. O problema é que elas são mais caras do que as de aço e, por isso, alguns carros estão deixando de oferecê-las com o objetivo de conter o encarecimento dos modelos.

Mas a estética nunca poderia ser deixada de lado aos olhos das marcas. Para contornar essa questão, muitos fabricantes têm dado um jeito de esconder a aparência mais rústica das rodas de aço, criando conjuntos com calotas que funcionam como uma verdadeira maquiagem.

É só observar o que a Renault faz com as versão intermediária Intense do Kwid, bem como a Chevrolet com a linha 2024 do Tracker LT (que antes tinha rodas de liga leve), e até mesmo o que a Peugeot fazia com o 2008 – antes de seguir na direção oposta do mercado (para a alegria dos mais entusiastas) e ter equipado todas as suas versões com as rodas de liga.

Como é possível observar pela imagem, é por isso que, nas redes, muitos já chamam se “super-calotas”, ou “calotas de liga leve”. O que mais chama atenção das rodas de aço convencionais é a baixa sensação de requinte delas. Mas quando se tornam invisíveis pelas “calotas gourmet”, aí os problemas acabam.

Além da imitação quase perfeita das calotas em cima do desenho das rodas de liga leve, as marcas têm apostado em tons e texturas diferenciados do plástico bruto das coberturas de roda convencionais. Agora podem ter relevos, linhas e vincos, além de cores (como o preto brilhante, que tem sido muito utilizado).

Aço x liga: qual é melhor?

Estética à parte, essas rodas são as mais adequadas ante a buraqueira das ruas e estradas brasileiras, na comparação com os modelos de aço estampado, mais simples e baratos? É o que vamos explicar com a ajuda de Marco Colosio, especialista em materiais e diretor da regional de São Paulo da SAE Brasil.

Ainda que, para alguns, as rodas de liga leve passem a impressão de serem menos resistentes do que as de aço, ambas são produzidas para aguentar trancos, buracos e asfalto ruim.

Segundo Colosio, as rodas que equipam seu carro passam por testes severos antes de serem adotadas pelas montadoras. Isso acontece com todos os equipamentos, que são extensivamente testados para garantir a confiabilidade

Os testes de impacto, pressão, entre outros, são realizados para simular todo tipo de situação normal: buracos, ralados, batidas e até guias de calçadas, com diferentes velocidades, forças e calibragem nos pneus

A resistência a batidas e impactos tem de ser a mesma: a diferença é que o método de produção das rodas de liga leve as torna mais suscetíveis a danos visuais, os famosos “ralados”, do que as rodas de aço, que são moldadas em peças inteiras. Portanto, é o fato de uma ser mais propensa a danos cosméticos que faz ela parecer menos resistente do que o modelo de aço

Para realizar um reparo, a roda de liga leve exige conhecimento do material e das técnicas que devem ser aplicadas para que não haja risco à segurança dos ocupantes e terceiros na via. Já a roda de aço tem um reparo mais fácil em caso de amassados, que reside em alinhar novamente a peça

Mas Colosio fala que, apesar de no uso normal os dois tipos de rodas ter que entregar o mesmo tipo de resistência, elas têm diferenças entre si no que o engenheiro chama de “ponto fraco”

Enquanto na roda de aço é o ponto de solda, na roda de liga é a própria liga metálica utilizada na construção, que requer materiais de qualidade. Para usos mais severos, a roda de aço leva vantagem sobre a roda de liga leve.

Fonte: UOL Carros

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