Evento foi o primeiro do tipo no Brasil desde o início da pandemia; feira aconteceu ao ar livre na Praça Charles Miller, em São Paulo
Reunir mais de 600 mil pessoas, como era comum nas últimas edições do Salão do Automóvel de São Paulo, parece coisa de um passado que nem é tão distante. Só que a realidade é bem diferente no primeiro evento do tipo realizado no Brasil desde o início da pandemia, em março de 2020.
O Veículo Elétrico Latino-Americano abriu as portas na quinta-feira (23) sem uma expectativa oficial de público por parte da organização. Esse número, na verdade, também pouco importa. Afinal, a feira mostrou que, aos poucos, a situação vai se normalizando. Mas não sem as devidas adaptações.
A primeira delas foi o endereço. “A expectativa era fazer em um pavilhão. Quando veio a segunda onda, no começo de 2021, decidimos trazer para um local aberto como a praça”, afirma Ricardo Guggisberg, organizador do evento.
A praça que ele se refere é uma das mais famosas de São Paulo, Charles Miller, que também abriga o Estádio do Pacaembu. Fazer o evento a céu aberto foi primordial para uma boa circulação de ar e redução do risco de contaminação.
Além disso, todos os participantes tiveram que usar máscara o tempo todo. Para acessar a área de exposição, ainda foi preciso apresentar a carteira de vacinação com pelo menos uma dose do imunizante contra o coronavírus.
Os estandes de 30 expositores dos mais variados foram montados próximos à entrada do estádio, e possuíam estrutura modesta. Os banheiros eram químicos e eram apenas 3 food-trucks na área de alimentação.
Ao contrário do Salão do Automóvel, os expositores eram de áreas mais diversificadas.
Bastou uma pequena volta pelos estandes para encontrar vendedores de bicicletas e patinetes elétricos por menos de R$ 3 mil, locadoras de veículos e fabricantes de carregadores caseiros. Havia também estandes de montadoras como Nissan e Stellantis. Essa segunda, por sinal, exibiu o Peugeot e-208 GT, hatch elétrico que ainda não foi lançado no Brasil.
Porém, o espaço mais curioso foi o da Protege, transportadora de valores que levou para o Pacaembu o primeiro carro-forte elétrico do mundo, que deve entrar em operação em breve. O enorme veículo azul chama atenção de quem passa pelo local, desbancando até o Tesla Model Y exposto na área da Osten.
Outras atrações foram mais parecidas com as de um salão de carros. A rotatória da praça foi transformada em pista de test-drive. Outra semelhança com o Salão do Automóvel foi o traslado entre a estação de metrô mais próxima e a área de exposições. A diferença é que no salão de veículos elétricos, até o ônibus que faz o transporte do público é movido a eletricidade.
Fonte: Por André Paixão – Auto Esporte (alterado)