O carro já passou dos 100 mil Km. Está na hora de aposentá-lo?

Os veículos vendidos no Brasil têm um dos impostos mais altos do mundo. No ano passado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou que um  carro no Brasil paga entre 48,2% a 54,8% de taxas, isso somado todos os impostos como IPI, ICMS e PIS/Cofins. Bem pertinho do Brasil, na vizinha Argentina, o imposto cobrado é de 21%. Outros países com baixas taxas são os Estados Unidos, 7,5%, e Japão, 5%.

E é por causa dessas taxas que fica cada vez mais difícil trocar de carro. Na ausência de um veículo zero na garagem, o jeito é cuidar do que já tem. Mas e quando o carro usado chega à marca dos 100 mil quilômetros rodados? É hora de aposentá-lo?

O gerente do Centro Automotivo da Porto Seguro (CAPS), Marcos Iombriller, revelou o segredo para uma alta quilometragem segura e duradoura. “Um veículo com 100 mil Km rodados não deve receber tratamento diferenciado de um veículo mais novo. Os motores de hoje em dia foram feitos para durarem 200, 300, 400 mil quilômetros, mas só será possível se o proprietário deixar a manutenção em dia”.

E isso não é difícil. O dono do carro precisa, apenas, ficar de olho no calendário de revisões e seguir a manutenção estipulada pela montadora. “As manutenções são periódicas. Ou seja, se com 30 mil Km é preciso trocar as velas, com 60 e 90 mil Km também deverá haver a troca”.

Para Iombriller, a vida saudável de um veículo depende de três fatores: Sistema de lubrificação (troca de óleo e filtros), sistema de suspensão (amortecedores, braços axiais) e sistema de freios (pastilhas, discos e fluídos). A não manutenção desses pontos pode ter graves conseqüências.

Segundo ele, a ausência da troca do óleo, de acordo com a quilometragem indicada, pode fundir o motor; a falta de manutenção do sistema de suspensão pode esconder problemas no braço axial e dificultar o alinhamento, por exemplo; e o falta de verificação no sistema de freios representa risco de morte para o condutor, para os passageiros e até para quem está fora do veículo.

“As pastilhas, os discos e o fluído de freio são essenciais porque são os primeiros fatores da causa de um acidente. Quando não há a manutenção, o tempo de resposta na frenagem diminui, ou seja, se o veículo deveria parar em 20 metros, ele acaba parando em 21 ou 22. Se um veículo ou uma pessoa estiver dentro desse um ou dois metros é acidente na certa. É negligência. É permitir que o espaço de frenagem do veículo se alongue”, explicou Iombriller.

“Não é porque o veículo tem mais de 100 mil Km rodados que o proprietário vai deixar a preventiva de lado e fazer a manutenção apenas quando houver problema. É isso que faz o conserto ficar uma fortuna. A falta da manutenção preventiva vai deteriorando a condição do veículo e faz que a manutenção seja mais severa”, finalizou Iombriller.

Por Graciela Zabotto
(gracielazabotto@webdiario.com.br)
Região

Você precisa de um sistema moderno e intuitivo
para fazer a gestão completa do seu negócio?
Converse com a Info!
Já é cliente Info? Escolha com qual setor deseja se comunicar e
veja todos nossos meios de contato