Conheça as montadoras mais bem preparadas para os carros elétricos

Estudo mostra que apenas Volvo e Volkswagen têm recursos para alcançar as metas de emissões e eletrificação da Europa

A ONG europeia Transport & Environment divulgou estudo que compara os avanços das principais montadoras no continente em relação ao desenvolvimento e produção de carros elétricos. Segundo o levantamento, apenas Volvo e Volkswagen evoluem no ritmo certo para atingir as metas de eletrificação da região, as demais estão atrasadas.

O ranking foi montado levando em conta informações como as metas de venda anunciadas publicamente, as estratégias industriais para atingir esses objetivos, o desenvolvimento de plataformas proprietárias para arquitetura de veículos elétricos, ações relacionadas à produção de baterias e investimentos na rede de recarga. Esses dados foram divididos em duas categorias: a ambição para carros totalmente elétricos e a estratégia industrial. A soma das duas notas representa a nota final.

Confira como está a evolução das montadoras:

70 pontos
Volvo e Volkswagen

A Volvo se comprometeu a ser completamente elétrica em 2030, tendo investido em fontes sustentáveis para as baterias dos motores. Já a Volks tem uma meta mais modesta para 2030: os VEs devem ser 60% das vendas. Mas o investimento em fábricas e tecnologia subiu sua nota.

57 pontos
Renault

A empresa planeja ter 90% de suas vendas compostas por veículos elétricos e híbridos até 2030. Seu programa de ciclo de vida para baterias foi destacado como diferencial.

52 pontos
Hyundai-Kia

Ainda não anunciou as metas de porcentagem de vendas de elétricos para 2030, mas projeções do setor indicam que o índice pode chegar a 49%.

47 pontos
Ford

Apesar da meta de ter os elétricos como 100% de suas vendas até 2030, foi criticada por estar investindo pouco em plataformas próprias para elétricos, diferentemente das empresas mais acima no ranking. Além disso, a meta para 2025 é baixa (13%).

46 pontos
Stellantis

Seu maior destaque é o investimento em fábricas de baterias, com duas plantas de larga escala anunciadas para os próximos anos.

46 pontos
Daimler

Tem uma meta baixa para 2030: apenas 50% das vendas serão de elétricos.

44 pontos
BMW

Também tem a meta baixa de 50% para 2030, além de não estar desenvolvendo uma plataforma própria para carros elétricos à bateria.

42 pontos
Jaguar Land Rover

Por ter um tamanho menor do que as outras empresas citadas, também terá um investimento menor. Não ficou em último porque a Jaguar tem a meta ambiciosa de se tornar totalmente elétrica até 2025.

35 pontos
Toyota

Não possui meta definida para 2030 e seu lento crescimento está atrelado a carros híbridos, apesar do recente anúncio de modelos completamente elétricos.

Segundo o estudo, a produção de elétricos na Europa deve crescer 7,4% este ano, atingindo 1 milhão de unidades. Para 2025, o salto será de 24,2% (3,3 milhões de unidades) e, para 2030, de 50,2% (6,7 milhões). Isso representaria uma diminuição entre 65% e 70% das emissões de CO2, quase o dobro da meta de 37,5% estipulada para o setor.

O problema é que não há nenhuma garantia de que as montadoras de fato irão cumpri-las. “A indústria de carros fracassou em alcançar seus compromissos voluntários em 2008/9 e é justamente por isso que hoje temos padronagem obrigatória de CO2”, lembra o texto. O estudo argumenta que a única forma de forçar as montadoras a cumprirem suas promessas desta vez é o governo estabelecer objetivos mais agressivos.

“Um padrão maior para 2025 e uma meta adicional de redução de pelo menos 40% em 2027 são necessárias para garantir que a indústria automotiva entregue a tempo os objetivos e para democratizar os carros elétricos nesta década. (…) Uma redução de pelo menos 65% nas emissões de CO2 é necessária, além do enrijecimento das brechas regulatórias atuais, para uma regulação confiável em 2030”, diz o texto.

A diretora sênior para veículos e e-mobilidade da ONG, Julia Poliscanova, comentou a pesquisa: “As montadoras estão desesperadas para mostrar suas credenciais verdes, mas a realidade é que a maioria delas está muito distante de onde deveria estar. Mesmo aquelas que são ambiciosas não têm uma estratégia adequada para chegar lá. As montadoras já falharam em cumprir promessas antes, quem garante que desta vez será diferente?”.

Fonte: Automotive Business – por Victor Bianchin

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