Carro por assinatura ganha cada vez mais adeptos e frota cresce no Brasil

Especialistas dão dicas de como saber quando é melhor comprar ou alugar um veículo

O aluguel de carro por assinatura, modalidade de serviço que ganhou força na pandemia por conta de escassez de carros novos e das medidas sanitárias que obrigaram a população a fugir do transporte coletivo, está conquistando os consumidores brasileiros que procuram se livrar das altas taxas de juros de um financiamento. Dados da Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA) mostram que a frota de veículos disponíveis para locações de longo prazo nas 14 mil empresas associadas cresceu 20,87% em 2022, passando de 91.000 carros em janeiro para 110.000 em outubro, último dado disponível. 

Mas, na prática, o mercado é ainda maior porque o levantamento não inclui serviços oferecidos diretamente por montadoras. Especialistas dizem que a vantagem ou desvantagem dessa modalidade depende muito do perfil financeiro do consumidor. A pessoa que aluga arca só com mensalidade e combustível porque os demais gastos que teria no caso de comprar um carro zero, como juros de financiamento, imposto, seguro, manutenção, desgaste, entre outros, ficam por conta da locadora.

Além disso, o consumidor fica com seu dinheiro livre para aplicação. “O cliente tem que se preocupar em dirigir com segurança e pagar o combustível”, argumenta o vice-presidente comercial de frotas representante da locadora ouvida pelo SBT, Felipe Zogbi. Facilidades que conquistam o gestor de projetos Rodrigo Alonso. Ele aderiu ao sistema há 3 anos, quando vendeu o veículo da família e optou pelo aluguel: “Ter um veículo zero, dentro do que cabia nas condições da minha família, e com a tranquilidade de eu ter manutenção, seguro, todos os custos do veículo isentos de pagamento.”

Em contrapartida, o consumidor não terá o bem quando terminar de pagar, não pode vender o veículo no caso de emergência e, se romper o contrato antes do término, paga multa pesada. Por isso, especialistas em finanças alertam que, apesar de toda comodidade, essa modalidade de negócio nem sempre é vantajosa. A economista Rachel de Sá lembra que o ideal é comprar o carro à vista, mas se a pessoa não tem o dinheiro, é preciso analisar o que vale a pena.

SBT fez uma simulação com um dos veículos mais baratos do mercado, que custa hoje R$ 69 mil. Neste caso, além do valor carro, entram na conta as despesas com IPVA (R$ 2.760,00), revisão (R$ 3.840,00), seguro (R$ 2.881,00), licenciamento, emplacamento, cartório e despachante (R$ 823,00), chegando a R$ 10.304,00 no primeiro ano. Com o desvalorização do carro nos três primeiros anos, os gastos diminuem. E no final do período, as despesas somarão R$ 25.439,93. Na hora de revender o veículo, o dono vai perceber que dos R$ 69 mil iniciais, ele terá R$ 27.673,58.  

Se a pessoa optar por alugar esse mesmo modelo, pagando uma mensalidade de R$ 1.699,00, ao final do contrato dos mesmos três anos, terá gasto R$ 61.164,00. Na comparação com um financiamento, se esse mesmo carro for comprado com 10% de entrada e saldo de parcelado em 36 vezes, com juros de 2,3% ao mês, a prestação será de mais de R$ 2.639,89.

Neste caso, a dica da economista é aplicar o valor do carro zero e usar os rendimentos para complementar o valor das prestações. Aí, em três anos, descontando tudo o que já foi pago em mensalidades, a sobra será de R$18.158,47. No final das contas, pra esse modelo de carro, o mais vantajoso é comprar à vista e arcar com os custos. “Coloque na ponta do lápis e do excel, pense no carro que você quer, porque essa conta pode mudar também se você estiver falando de um carro usado, que é proporcionalmente mais barato e desvaloriza menos”, enfatiza Rachel.

Fonte: SBT News

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