Além de novos sistemas para os futuros híbridos flex da Volkswagen, parceria prevê o desenvolvimento de novos recursos de segurança para o Brasil.
A sistemista Bosch e a Volkswagen assinaram um memorando no Brasil para criarem, em conjunto, novas tecnologias para carros híbridos e elétricos. De acordo com o documento, as alemãs vão desenvolver novos sistemas para os futuros carros híbridos flex nacionais da VW. Por isso, fala em carros eletrificados que utilizam biocombustíveis como o etanol.
Vale dizer que, até o momento, apenas a Toyota produz carros híbridos por aqui, com a dupla Corolla sedã e Corolla Cross. Ambos utilizam sistema híbrido completo que combina motor a combustão e elétrico, câmbio CVT e bateria. Enquanto isso, a VW dará o primeiro passo com o novo Polo 2023. O hatch será o primeiro modelo da marca alemã a ter um híbrido leve flex. Ou seja, o sistema vai equipar os carros nacionais da Volkswagen.
No anúncio, feito em um evento na sede da Bosch, em Campinas (SP), o presidente executivo da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, afirmou que estão focados em trazer projetos inovadores e consistentes. Mas não é só. Além disso, as empresas vão trabalhar com segurança e assistência ao condutor. De acordo com as informações, o foco é melhorar os sistemas de trânsito sul-americanos, bem como identificar as necessidades do mercado e adequar os recursos de auxílio ao motorista. Ou seja, vai ajudar nas respostas e, até mesmo, na economia de combustível.
“Esta parceria vem ao encontro do nosso propósito ‘Tecnologia para a vida limpa’, tornando-se uma mobilidade limpa, econômica, segura e conectada mais”, completa Gastón Diaz Perez, CEO e Presidente da Bosch América Latina.
Ao contrário dos sistemas híbridos completos, como no SUV Corolla Cross, ou do tipo plug-in, que recarrega em tomadas, caso do novo Caoa Chery Tiggo 8 Pro, o híbrido leve atua com o comando total do motor a combustão para tracionar o veículo. Em conjunto, há um gerador elétrico. Este, portanto, atua como um alternador e recupera parte da energia que seria desperdiçada em frenagens, por exemplo, para alimentar uma bateria de 48V.
Mas, embora não tracione o carro, a unidade elétrica ajuda na aceleração em velocidades constantes, como em viagens na estrada. Nestes momentos, o motor a combustão fica inoperante. Então, o carro passa a funcionar por meio da unidade elétrica. Ou seja, na prática, o sistema alivia o motor térmico com o carro em movimento e, dessa forma, reduz o consumo de combustível e aumenta a sua eficiência energética. Bem como reduz a emissão de poluentes.
Para os carros mais acessíveis, espera-se que essa tecnologia domine o mercado. Isso porque, além de ter um projeto mais simples, o híbrido leve também é mais fácil de ser adaptado aos modelos atuais. Além disso, não requer grandes investimentos em projeto.
Fonte: Jornal do Carro