Os 171.150 emplacamentos de janeiro representam recuo de 11,6% sobre o mesmo mês de 2020. Faltam insumos e componentes.
Após registrar movimento ascendente ao longo de todo o último semestre de 2020, as vendas de veículos iniciaram 2021 em queda. Foram emplacadas em janeiro 171.150 unidades entre leves e pesadas, com recuo de quase 30% sobre dezembro e de 11,6% no comparativo com o mesmo mês do ano passado.
Divulgados por uma fonte com base nos números do Renavam, os números do primeiro mês de 2021 refletem, em parte, a falta de produtos no mercado. Os estoques, que atingiram menor nível histórico em dezembro, continuam extremamente baixos, segundo essa mesma fonte.
As montadoras de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus enfrentam os mesmos problemas do fabricantes de motos, que no caso da Honda, Suzuki e Dafra estão com a produção paralisada em Manaus, AM, desde a semana passada por escassez de insumos e componentes.
Fonte do varejo revelou que a falta de pneus, por exemplo, já está afetando as linhas de caminhões, assim como também acontece na indústria de motos. A situação pode até se agravar se for concretizada a greve anunciada pelos caminhoneiros, pois sem transporte não há como manter o abastecimento diário das montadoras.
Independentemente de todos esses problemas, os concessionários também sentiram uma redução do fluxo nas lojas, quando o normal é o mercado se aquecer no final de todos os meses. A Anfavea marcou para quinta-feira, 4, a coletiva para anúncio dos dados de produção e exportação, além das vendas internas.
A retração em janeiro sobre dezembro é sazonalmente comum, por causa do período de férias e gastos com impostos e matrículas escolares em todo início de ano, mas em relação ao mesmo mês do ano anterior pode indicar uma desaceleração do mercado.