Aluguel de carros sente a crise e mercado reclama. Considerações da ABLA

Se até 2015, quando teve um faturamento superior a R$ 16 bilhões e chegou a registrar um crescimento de 5%, o mercado de aluguel de carros, de lá pra cá, não conseguiu ficar imune a crise política e econômica que assola o país, apesar de ainda manter bons números. Em 2016, segundo dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), o lucro das empresas do setor foi de R$ 12,1 bi, uma queda de aproximadamente 25%.

Assim como em todo território nacional, a queda foi bastante sentida aqui na Bahia. Se em 2015 os números davam conta de um faturamento de R$ 495 milhões, o que representava 4% do mercado brasileiro, em 2016 os ganhos foram de cerca de R$ 350 milhões (baixa de 30%), o que fez a participação baiana no mercado de aluguel de carros cair para 3%. Atualmente, o maior mercado está localizado em São Paulo, que representa 40% do segmento no país.

“Foi uma queda significativa. O que mais tem atrapalhado é a atual conjuntura econômica. Praticamente, metade do nosso mercado é composto pela terceirização de frota pelas empresas. E, como muitas delas reduziram suas atividades, isso acabou prejudicando. Sem contar o desemprego acentuado aliado ao setor de turismo, que também foi afetado”, disse o Marconi Dutra, conselheiro da ABLA.

Para este ano, no entanto, a perspectiva é de uma melhoria, mesmo sendo considerada ainda lenta. “Acho que terá uma estabilidade se comparado com 2016. Ou, se tiver um crescimento, ele será pequeno. As coisas ainda estão muito incertas e as empresas estão em um momento de reflexão, buscando a criatividade para não perder a clientela”, pontuou Dutra.

VANTAGENS

Atualmente, a frota circulante existente no estado, segundo o conselheiro da ABLA, é de 19 mil carros – cuja idade média é de 20 meses –, sendo a maior parte, 45%, de carros econômicos, de motor 1.0, cuja diária está na casa dos R$ 90, por conta da baixa estação. Dentre os itens à disposição do usuário, neste caso, estão ar condicionado, direção, vidros e travas elétricas. “Apesar de serem os mais procurados, também estamos observando que os consumidores estão interessados em modelos do tipo sedan médio, de motor 1.6, e que tem diárias na casa dos R$ 120”, salientou. Esse tipo de modelo representa 23% da frota total.

Ao todo, no Brasil, são mais de 11 mil as empresas registradas como locadoras, sendo 886 na Bahia. “Mas, temos cerca de 260 empresas que atuam, especificamente, neste setor”, ponderou Dutra. Segundo a Associação, o perfil dos clientes está dividido da seguinte forma: 45% são de empresas que terceirizam a frota, 25% para o turismo de lazer, 17% para o turismo de negócios e outros 13% são aqueles que, por exemplo, alugam um veículo em períodos esporádicos, como em uma viagem de férias.

Apesar do atual quadro, o conselheiro da ABLA aponta algumas vantagens para quem quer ou pretende alugar um carro. “Para a pessoa física, a liberdade de poder escolher o carro que quiser, sem se preocupar com licenciamento, manutenção e o seguro, cujos custos são da locadora. Em um momento de dinheiro mais curto, juros mais altos e dificuldade crédito para aqueles que querem comprar um veículo, vale sim a pena alugar um carro, ainda mais com as facilidades que se tem hoje, quando o usuário pode, até mesmo pela internet, realizar a aquisição”, explicou.

Site do Sindloc-MG

Por Yuri Abreu, da Tribuna da Bahia.

Você precisa de um sistema moderno e intuitivo
para fazer a gestão completa do seu negócio?
Converse com a Info!
Já é cliente Info? Escolha com qual setor deseja se comunicar e
veja todos nossos meios de contato